MUSEU DO IPIRANGA
Finalmente visitei o NOVO MUSEU DO IPIRANGA e nesse post, preciso te contar que mudou o dia de liberação de ingressos no Sympla. A partir dessa semana, os ingressos ficarão disponíveis às 10h, das sextas-feiras e não mais segunda, como ocorreu nessa semana e que eu havia anunciado em um post anterior.
O Museu está realmente novo, não só porque ele foi restaurado e ganhou uma entrada pelo subsolo e um mirante, mas também, porque as narrativas foram atualizadas. Na área que fala sobre o descobrimento do Brasil, por exemplo, os painéis convidam a reflexão “foi uma aliança ou uma invasão?”. Agora o Museu também deixa claro que o quadro Independência ou Morte é uma representação épica e que Dom Pedro, não estava de roupas de gala, nem a cavalo. Numa outra ala, o museu deixa claro as mudanças com relação a gênero. Fiquei chocado com um cartaz de eletrodomésticos, de 1974, que tratava a mulher como “um bem do marido, que ao utilizar os produtos General Electric, duraria mais tempo bacana”
Narrativas sobre o povo negro e indígena, também fazem parte do acervo (se bem que, eu gostaria que houvesse ainda mais espaço, principalmente para os povos originários).
Essas novas narrativas podem não agradar aos que acreditam fielmente no que foi aprendido nos livros de escola, principalmente na década de 70, mas eu particularmente, acho indispensável esses ajustes históricos.
Ainda falando sobre a renovação do Museu, o novo projeto trás muita acessibilidade, com libras, painéis em braille e elevadores.
Um outro ponto de destaque é a maquete que mostra o Centro de São Paulo em 1841, que ganhou uma projeção mapeada.
Vá com tempo para ver tudo em detalhes. Fiquei 3 horas e não consegui ver tudo.
Acho importante reforçar a oportunidade de aprendizado histórico, que o NOVO MUSEU DO IPIRANGA oferece, pois em tempos de mídias sociais, a selfie na escadaria principal é o que mais importa para muitos dos visitantes.
Veja acima, 10 fotos da minha visita.
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