VILA MARIA ZELIA
Dando continuidade ao nosso especial vilas tombadas de São Paulo, hoje vou escrever sobre a mais famosa delas.
Estou me referindo à Vila Maria Zélia, no bairro do Belém.
Inaugurada em 1917, começou a ser construída em 1912, pelo médico e industrial Jorge Street, para abrigar os 2500 funcionários que trabalhavam na filial do Belenzinho, da poderosa tecelagem Cia Nacional de Tecidos de Juta.
O nome da vila é uma homenagem a filha do construtor, que morreu jovem, em 1915 (Maria Zélia, está sepultada no Cemitério da Consolação).
Na inauguração, que atraiu políticos e indústrias da época, cada canto da vila foi abençoado pelo Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo (responsável pelo projeto de construção da Catedral da Sé). Inspirada em vilas operárias estrangeiras, o complexo foi projetado com casas, escolas, igreja e comércio (alguns dos edifícios estão conservados, porém outros, estão em ruínas, que muitas vezes, são utilizados para fotos e filmagens).
Além da Família Street, a Vila pertenceu posteriormente aos Scarpa e em 1929 é adquirida pela família Guinle, até que nos anos 30 é confiscada por problemas fiscais, pelo IAPI (atual INSS).
Em 1992, o espaço foi tombado pelo município (CONPRESP) e pelo estado (CONDEPHAAT).
Se você tiver interesse de visitar a Vila, quando o isolamento acabar, o ideal é entrar em contato com a Sociedade Amigos da Vila Maria Zélia, pelo e-mail savmz@uol.com.br ou pelo fone (11) 2692-9791
Foto: Acervo Jorge Street em poder da Casa da Imagem